segunda-feira, 25 de maio de 2009

Lendas e Comidas Típicas do Sul

Lendas do Sul


Angoera, Boi Vaquim ,Mãe-do-Ouro e Porco Preto
Angoera Mito do Rio Grande do Sul na região missionária. Angoera é o fantasma, a visão, no idioma tupi, forma contrata de Anhagoera. Dizem que foi indígena amigo dos padres jesuítas e um dos fiéis. Guiou-os para as terras melhores, ajudando a construir igrejas e casas. Era homem sisudo, grave, secarrão. Foi batizado com o nome de Generoso e ficou alegre, vivo, sacudido. Morreu, mas sua alma não abandonou os pagos onde viveu. Continua intrometido na vida da campanha gaúcha, divertindo-se sem cessar. Angoera explica todos os rumores insólitos, estalos nos móveis novos, forros do teto, tábuas do chão, vimes dos balaios, movimentos das chamas de candeias e velas, sopros, misteriosos sussurros. J. Simões Lopes Neto (Lendas do Sul, Pelotas, 1913) explica: “E muitas vezes, até o tempo dos Farrapos, quando se dançava o fandango nas estâncias ricas ou a chimarrita nos ranchos do pobrerio, o Generoso intrometia-se e sapateava também, sem ser visto; mas sentiam-lhe as pisadas, bem compassadas no rugo das violas... e quando o cantador era bom e pegava bem de ouvido, ouvia, e por ordem do Generoso repetia esta copla, que ficou conhecida como marca de estância antiga, sempre a mesma:
Eu me chamo Generoso, Morador em Pirapó: Gosto muito de dançar Co’as moças, de paletó.”
Boi Vaquim Trata-se de um ser místico do Rio Grande do Sul, descrito pelo historiador Contreiras Rodrigues. É um boi alado, com asas e guampas de ouro, levantadas como as vacas, portanto meio avacado. Mete medo aos campeiros, porque chispa fogo nas pontas das guampas e tem os olhos de diamante. É preciso muita coragem para laçá-lo, braço forte, cavalo bom de pata e de rédeas. Supõe Contreiras Rodrigues que o mito tivesse vindo do norte, através das tropas de Sorocaba.

Mãe-do-Ouro É um mito, inicialmente meteorológico, ligado aos protomitos ígneos, posteriormente ao ciclo do ouro. Os registros subseqüentes indicam sua transformação. Vale Cabral: “Mulher sem cabeça, que habita debaixo da serra do Itupava, entre Morretes e Antonina, província do Paraná. Tem a seu cargo guardar as minas de ouro. Onde ela está, é prova evidente que há ouro, e por isso tomou o nome. Há poucas pessoas da localidade que afirmam tê-la visto.” Na região do São Francisco é a zelação, estrela cadente, serpente-mãe-do-ouro, encantada. Em São Paulo não há forma, mora nas grotas, persegue homens, e estes preferidos deixam a família, seduzidos como por uma sereia; citam-na como uma bola de fogo de ouro. No Rio Grande do Sul é informe, agindo com trovões, fogo, vento, dando o rumo da mudança. Noutra versão, a mãe-do-ouro passeia luminosa, pelos ares, mas vive debaixo d’água, num palácio.

Porco Preto Superstição do Paraná, Campo Largo. Há outra aparição temida - o porco preto. Ninguém sai de casa em noite escura, que não o encontre na estrada. Enorme, ataca as pessoas e os animais. Nem pau, nem pedra, nem bala o atingem. Corre atrás das pessoas, e só desaparece quando entra na vila. (Marisa Lira, Migalhas Folclóricas, 84, ed. Laemmert, Rio de Janeiro, 1951). Comum na França, Provença, em Portugal. Ver Porca dos Sete Leitões, Região Sudeste.

Comidas Típicas

Sul: O Chimarrão
Feito de mate amargo, servido quente e sorvido pela bomba, contido numa cuia ou porongo.
Roberto Ave-Lallemant (1812-1884) visitando o Rio Grande do Sul em março de 1858, registra a importância folclórica do mate: “O símbolo da paz, da concórdia, do completo entendimento – o mate! Todos os presentes tomaram o mate. Não se creia, todavia, que cada um tivesse sua bomba e sua cuia própria; nada disso! Assim perderia o mate toda a sua mística significação. Acontece com a cuia de mate como à tabaqueira. Esta anda de nariz em nariz e aquela de boca em boca. Primeiro sorveu um velho capitão. Depois um jovem, um pardo decente – o nome do mulato não se deve escrever; depois eu, depois o “spahi”, depois um mestiço de índio e afinal um português, todos pela ordem. Não há nisso, nenhuma pretensão de precedência, nenhum senhor e criado; é uma espécie de serviço divino, uma piedosa obra cristã, um comunismo moral, uma fraternidade verdadeiramente nobre, espiritualizada! Todos os homens se tornam irmãos, todos tomam o mate em comum!”


Sul: O Churrasco
Churrasco na vala: típico do Rio Grande
Uma das grandes honras do gaúcho é o churrasco que leva seu nome, como o molho que o acompanha leva o nome de à campanha referindo-se à maneira de comer no campo gaúcho. E, no entanto, a origem do churrasco não é gaúcha. Ou, pelo menos, não tanto quanto imaginam. O caso é que, no Brasil, como nas demais regiões da América, os descobridores não encontraram qualquer das espécies de gado doméstico da Europa. Foi só a partir do período das capitanias hereditárias e do governo-geral que o boi entrou aqui, vindo das ilhas do Cabo Verde, para o Recôncavo. Daí é que os grandes senhores, como os Dias d’Ávila e Antônio Guedes de brito, encaminharam-se para o sertão, onde ganharam enormes sesmarias para povoar de gado. Eles chegaram a Pernambuco e foram além, até o Piauí e o Maranhão, até o Ceará. O gado que chegou a Minas era mais explorado para dar couro, para fazer rolos, nos quais se acondicionava o fumo para a exportação. Do couro, lá, fazia-se tudo, mesa, cama e cadeira, roupas e alforje, arreios, pratos, copos, tudo. A carne era de segunda importância. Foi um cearense quem, procurando melhores terras para pasto, levou suas boiadas a Goiás e Mato Grosso, e para baixo, até o Rio Grande.
Sul: Doçaria Gaúcha
As receitas famosas e secretas, que deram à cidade de Pelotas um renome internacional, foram conseguidas por Dona Amélia Vallandro de um grupo de senhoras, ligadas a antigas famílias pelotenses. Daí surgiu o livro editado pela Editora Globo: Doces de Pelotas, em 1959. Sempre houve muita resistência à divulgação dessas receitas, em defesa de uma tradição centenária que fez de Pelotas o centro de uma doçaria sem rival.
Como foi que isso começou?
O açúcar era pouco e ruim. Quem duvidar – salienta Athos Damasceno – que atente para o mate amargo, o chimarrão do gaúcho, hábito que se lhe inveterou mais por necessidade do que por gosto. O colono, que a princípio era agricultor, logo virou campeiro. A carne e o couro logo tomaram conta da querência e a cana-de-açúcar que se plantava era pouca. A rapadura e a canguara de Santo Antônio da Patrulha tiveram muito nome. Aquela, envolta em palha de milho e até exportada; esta, chamada Lágrimas de Santo Antônio e vendida em garrafões bojudos que deixaram nome. O melado, em potes de barro, também foi famoso. Mas o mesmo não se pode dizer do açúcar. Muito doce, é certo, mas escuro e áspero, mascavo brabo, de má catadura e até sabor suspeito
Sul: Doces Receitas
Marmelada Branca
Os marmelos não devem ser maduros, somente inchados (quase verdes). Escolha frutas bem sãs, retire-lhes a flor e os pontos escuros, leve ao fogo em água fervente. Descasque-os depois, com faca de osso ou de plástico (para não escurecerem). Rale os marmelos com ralador aloucado ou de plástico, mas cuidado para não atingir os caroços. Proceda assim até obter ½ kg de massa. Com 1 kg de açúcar, prepare uma calda em ponto de refinar (que, aliás, já deve estar pronta quando ralar os marmelos). Nessa calda misture bem a massa de marmelo e leve ao fogo ligeiramente. Retire, bata-a um pouco até ficar açucarada por cima. Ponha a massa em forminhas (pequenas, sem untar). Cubra com filó e leve ao sol forte por 2 ou 3 dias. Quando estiver seca, retire a marmelada da forminha com o auxílio de palitos e leve-a novamente ao sol, com o lado oposto para cima, até secar. (Faça pouca quantidade de cada vez.)


24 comentários:

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    Rui Sousa

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  4. QUE ORROOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. isso é tudo mentira por que quem descobriu o folclore foi Pedro Alvares Cabral

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    1. Quem descubriu o Brasil q foi o pedro alvaes cabral, não foi ele q descobio o folclore não

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  7. essa porcaria de site num me ajuda em nd

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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