segunda-feira, 25 de maio de 2009

Danças Típicas do sudeste : Carnaval




CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 11995
CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 11995
CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 11995
CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

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Lendas e Comidas Típicas do Sul

Lendas do Sul


Angoera, Boi Vaquim ,Mãe-do-Ouro e Porco Preto
Angoera Mito do Rio Grande do Sul na região missionária. Angoera é o fantasma, a visão, no idioma tupi, forma contrata de Anhagoera. Dizem que foi indígena amigo dos padres jesuítas e um dos fiéis. Guiou-os para as terras melhores, ajudando a construir igrejas e casas. Era homem sisudo, grave, secarrão. Foi batizado com o nome de Generoso e ficou alegre, vivo, sacudido. Morreu, mas sua alma não abandonou os pagos onde viveu. Continua intrometido na vida da campanha gaúcha, divertindo-se sem cessar. Angoera explica todos os rumores insólitos, estalos nos móveis novos, forros do teto, tábuas do chão, vimes dos balaios, movimentos das chamas de candeias e velas, sopros, misteriosos sussurros. J. Simões Lopes Neto (Lendas do Sul, Pelotas, 1913) explica: “E muitas vezes, até o tempo dos Farrapos, quando se dançava o fandango nas estâncias ricas ou a chimarrita nos ranchos do pobrerio, o Generoso intrometia-se e sapateava também, sem ser visto; mas sentiam-lhe as pisadas, bem compassadas no rugo das violas... e quando o cantador era bom e pegava bem de ouvido, ouvia, e por ordem do Generoso repetia esta copla, que ficou conhecida como marca de estância antiga, sempre a mesma:
Eu me chamo Generoso, Morador em Pirapó: Gosto muito de dançar Co’as moças, de paletó.”
Boi Vaquim Trata-se de um ser místico do Rio Grande do Sul, descrito pelo historiador Contreiras Rodrigues. É um boi alado, com asas e guampas de ouro, levantadas como as vacas, portanto meio avacado. Mete medo aos campeiros, porque chispa fogo nas pontas das guampas e tem os olhos de diamante. É preciso muita coragem para laçá-lo, braço forte, cavalo bom de pata e de rédeas. Supõe Contreiras Rodrigues que o mito tivesse vindo do norte, através das tropas de Sorocaba.

Mãe-do-Ouro É um mito, inicialmente meteorológico, ligado aos protomitos ígneos, posteriormente ao ciclo do ouro. Os registros subseqüentes indicam sua transformação. Vale Cabral: “Mulher sem cabeça, que habita debaixo da serra do Itupava, entre Morretes e Antonina, província do Paraná. Tem a seu cargo guardar as minas de ouro. Onde ela está, é prova evidente que há ouro, e por isso tomou o nome. Há poucas pessoas da localidade que afirmam tê-la visto.” Na região do São Francisco é a zelação, estrela cadente, serpente-mãe-do-ouro, encantada. Em São Paulo não há forma, mora nas grotas, persegue homens, e estes preferidos deixam a família, seduzidos como por uma sereia; citam-na como uma bola de fogo de ouro. No Rio Grande do Sul é informe, agindo com trovões, fogo, vento, dando o rumo da mudança. Noutra versão, a mãe-do-ouro passeia luminosa, pelos ares, mas vive debaixo d’água, num palácio.

Porco Preto Superstição do Paraná, Campo Largo. Há outra aparição temida - o porco preto. Ninguém sai de casa em noite escura, que não o encontre na estrada. Enorme, ataca as pessoas e os animais. Nem pau, nem pedra, nem bala o atingem. Corre atrás das pessoas, e só desaparece quando entra na vila. (Marisa Lira, Migalhas Folclóricas, 84, ed. Laemmert, Rio de Janeiro, 1951). Comum na França, Provença, em Portugal. Ver Porca dos Sete Leitões, Região Sudeste.

Comidas Típicas

Sul: O Chimarrão
Feito de mate amargo, servido quente e sorvido pela bomba, contido numa cuia ou porongo.
Roberto Ave-Lallemant (1812-1884) visitando o Rio Grande do Sul em março de 1858, registra a importância folclórica do mate: “O símbolo da paz, da concórdia, do completo entendimento – o mate! Todos os presentes tomaram o mate. Não se creia, todavia, que cada um tivesse sua bomba e sua cuia própria; nada disso! Assim perderia o mate toda a sua mística significação. Acontece com a cuia de mate como à tabaqueira. Esta anda de nariz em nariz e aquela de boca em boca. Primeiro sorveu um velho capitão. Depois um jovem, um pardo decente – o nome do mulato não se deve escrever; depois eu, depois o “spahi”, depois um mestiço de índio e afinal um português, todos pela ordem. Não há nisso, nenhuma pretensão de precedência, nenhum senhor e criado; é uma espécie de serviço divino, uma piedosa obra cristã, um comunismo moral, uma fraternidade verdadeiramente nobre, espiritualizada! Todos os homens se tornam irmãos, todos tomam o mate em comum!”


Sul: O Churrasco
Churrasco na vala: típico do Rio Grande
Uma das grandes honras do gaúcho é o churrasco que leva seu nome, como o molho que o acompanha leva o nome de à campanha referindo-se à maneira de comer no campo gaúcho. E, no entanto, a origem do churrasco não é gaúcha. Ou, pelo menos, não tanto quanto imaginam. O caso é que, no Brasil, como nas demais regiões da América, os descobridores não encontraram qualquer das espécies de gado doméstico da Europa. Foi só a partir do período das capitanias hereditárias e do governo-geral que o boi entrou aqui, vindo das ilhas do Cabo Verde, para o Recôncavo. Daí é que os grandes senhores, como os Dias d’Ávila e Antônio Guedes de brito, encaminharam-se para o sertão, onde ganharam enormes sesmarias para povoar de gado. Eles chegaram a Pernambuco e foram além, até o Piauí e o Maranhão, até o Ceará. O gado que chegou a Minas era mais explorado para dar couro, para fazer rolos, nos quais se acondicionava o fumo para a exportação. Do couro, lá, fazia-se tudo, mesa, cama e cadeira, roupas e alforje, arreios, pratos, copos, tudo. A carne era de segunda importância. Foi um cearense quem, procurando melhores terras para pasto, levou suas boiadas a Goiás e Mato Grosso, e para baixo, até o Rio Grande.
Sul: Doçaria Gaúcha
As receitas famosas e secretas, que deram à cidade de Pelotas um renome internacional, foram conseguidas por Dona Amélia Vallandro de um grupo de senhoras, ligadas a antigas famílias pelotenses. Daí surgiu o livro editado pela Editora Globo: Doces de Pelotas, em 1959. Sempre houve muita resistência à divulgação dessas receitas, em defesa de uma tradição centenária que fez de Pelotas o centro de uma doçaria sem rival.
Como foi que isso começou?
O açúcar era pouco e ruim. Quem duvidar – salienta Athos Damasceno – que atente para o mate amargo, o chimarrão do gaúcho, hábito que se lhe inveterou mais por necessidade do que por gosto. O colono, que a princípio era agricultor, logo virou campeiro. A carne e o couro logo tomaram conta da querência e a cana-de-açúcar que se plantava era pouca. A rapadura e a canguara de Santo Antônio da Patrulha tiveram muito nome. Aquela, envolta em palha de milho e até exportada; esta, chamada Lágrimas de Santo Antônio e vendida em garrafões bojudos que deixaram nome. O melado, em potes de barro, também foi famoso. Mas o mesmo não se pode dizer do açúcar. Muito doce, é certo, mas escuro e áspero, mascavo brabo, de má catadura e até sabor suspeito
Sul: Doces Receitas
Marmelada Branca
Os marmelos não devem ser maduros, somente inchados (quase verdes). Escolha frutas bem sãs, retire-lhes a flor e os pontos escuros, leve ao fogo em água fervente. Descasque-os depois, com faca de osso ou de plástico (para não escurecerem). Rale os marmelos com ralador aloucado ou de plástico, mas cuidado para não atingir os caroços. Proceda assim até obter ½ kg de massa. Com 1 kg de açúcar, prepare uma calda em ponto de refinar (que, aliás, já deve estar pronta quando ralar os marmelos). Nessa calda misture bem a massa de marmelo e leve ao fogo ligeiramente. Retire, bata-a um pouco até ficar açucarada por cima. Ponha a massa em forminhas (pequenas, sem untar). Cubra com filó e leve ao sol forte por 2 ou 3 dias. Quando estiver seca, retire a marmelada da forminha com o auxílio de palitos e leve-a novamente ao sol, com o lado oposto para cima, até secar. (Faça pouca quantidade de cada vez.)


marabaixo

MARABAIXO

Ao Amapá cabe a primazia da dança do Marabaixo. É a diversão predileta das classes trabalhadoras da rica região. É dançado geralmente a partir do sábado de Aleluia até o domingo do Divino. Homens, mulheres e até crianças tomam parte nos folguedos. No último domingo, o festeiro faz erguer, como marco simbólico, um mastro adornado. Durante os festejos, há farta distribuição de bebidas, principalmente mucura (composta de cachaça com ovo batido, talhadas de limão e açúcar).
Indumentária: os homens usam camisas com bordados, calças brancas, chapéus de palha enfeitados de flores e fitas. As mulheres vestem camisolas de renda, saias de chita estampada, anáguas.
Instrumentos musicais: duas caixas. As mulheres cantam como solistas acompanhadas do coro geral.
Coreografia: a coreografia do Marabaixo é arbitrária dada a improvisação dos figurantes. Os dançarinos ora formam filas, abraçados uns aos outros, ora separados, se organizam em filas três a três, ora ficam lado a lado, enfim permanecem isolados frente a frente, e dançam ao som da música, em compasso binário. Os passos variam com os toques das caixas que os tocadores, a um canto, fazem soar. Trata-se de um quadro de muita alegria, vivido sob um céu cristalino. As cores vivas das vestimentas, as fitas, as flores - tudo contribui para emprestar exuberante vivacidade a esta bonita dança.
O Marabaixo é dançado durante vários dias e noites seguidos, sem interrupção. Entrementes, homens, rapazes e crianças exibem em lutas corporais, saltos elásticos, capoeira e outros jogos de competição.

Jacundá

JACUNDÁ

Jacundá é uma dança regional, de criação do nosso indígena, muito popular no Estado do Pará. Adotou o nome do peixe "jacundá", abundante na região setentrional, cuja pescaria representa a dança. É uma dança que encontra várias modalidades em diversas regiões do nosso interior, como por exemplo, "piranha", no Amazonas, e outras variantes.
Coreografia: Os participantes colocam-se em roda, homens e mulheres, alternadamente, de mãos dadas, representando o cerco. Ao centro um homem e uma mulher dançando representam o jacundá e, procuram fugir do circulo enquanto cantam uma canção singela, alusiva ao motivo. Insistem em romper o cerco formado pelos componentes do divertimento. Aqueles que permitem a saída do jacundá, terão de substitui-lo na roda, em meio da zombaria geral dos componentes.
Origem: Indígena

O CURUPIRA


de gênio da floresta. Tem aparência de menino, mas seus cabelos e seus dentes são verdes, seu corpo é peludo, e os pés são virados para trás. É ele quem cuida dos animais da floresta. Tolera os caçadores que caçam para comer, mas não tem pena dos maldosos, principalmente dos que matam filhotes. Quando vê um caçador que mata por prazer, maltrata-o tanto que, se ele não morrer, ficará louco para sempre. Para proteger os animais usa mil artimanhas como gritos, assobios, gemidos. O caçador, ao ouvi-lo, pensa que é um animal ou uma ave e vai seguindo o Curupira, sem saber. Quando se dá conta, está perdido no meio da mata. Ao tentar seguir as pegadas do Curupira, piora sua situação, pois seus pés virados dão uma falsa idéia de para onde está indo. Quando se aproxima uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo no tronco das árvores. Assim percebe se elas estão fortes o suficiente para agüentar a ventania. Se perceber que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa aos animais para não se aproximarem dela.

Danças Típicas Do Sudeste : Carnaval

CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 11995
CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 11995
CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

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CARNAVALFesta popular, coletiva, realizada anualmente nos três dias que antecedem a Quarta-feira de cinzas. Chamada também folia (folia de Momo, dias de folia). O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil. Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval são os bailes de salão e os desfiles das escolas de samba. Em Salvador, predomina o carnaval de rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.O Jogo do Entrudo Rio de Janeiro, 1840 litografia de Rafael Mendes de Carvalho. Coleção Gilberto Ferrez foto de Raul Lima publicada na Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890, vol II. Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, novembro de 2000. Copyrigh herdeiros de Gilberto Ferrez, 2000.
O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados. Até o fim do século XIX os foliões dançavam e cantavam nas ruas quadrinhas anônimas, ao ritmo de percussão e ao som de bandas. A partir de Abre-alas (1899), da maestrina Chiquinha Gonzaga, a folia passou a ser animada por composições especialmente elaboradas para elas: são a marcha-rancho, o samba, a marchinha, o samba-enredo e o frevo, além da batucada.

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Músicas do Nordeste

Duas delas são :

Afoxê -

Bloco negro característico do Carnaval da Bahia. Os afoxés se diferenciam dos outros blocos carnavalescos por serem realizados também com um sentido religioso. As letras misturam português e línguas africanas, principalmente nagô e ioruba, e antes da saída do cortejo é feito o padê de Exu, um ritual para evitar que esse orixá perturbe o desfile. À frente do afoxé vai uma boneca preta chamada Babalotim, conduzida por um menino de oito a dez anos.

Instrumentos musicais: tambores



Baião -
O Baião é uma dança cantada. Criação nordestina, resultante da fusão da dança africana com as danças dos nossos indígenas e a dos portugueses colonizadores, refletindo na sua composição o caldeamento destas três raças.




Instrumentos musicais: agogô, triangulo e sanfona.


Festa do boi


FESTA DO BOI

Parintins, localizada a 392 quilômetros de Manaus, na ilha de Tupinambarana, à margem direita do rio Amazonas, é um dos principais celeiros culturais da Amazônia.
O Boi-bumbá, tradição celebrada, inicialmente, como uma festa no meio da rua, atualmente, reune uma multidão de 40.000 pessoas, num bumbódromo, que assistem à disputa entre os dois bois, representados pelos grupos Vermelho, ou Garantido, e Azul, ou Caprichoso.
Na década de 60 o boi-bumbá foi para as quadras criando então o Festival Folclórico.
Em 1985, montou-se um bumbódromo de madeira, com arquibancadas, camarotes e uma arena acimentada para a apresentação dos grupos. Em 1988, foi inaugurada a versão em alvenaria, definitiva.
A festa, realizada todos os anos nos dias 28, 29 e 30 de junho, começou quando, em 1912, a comunidade passou a levar o boizinho de pano de Lindolfo Monteverde, chamado de Garantido, para brincar no quintal de moradores ilustres.

festa do boi

Quilombo Dos Palmares


Fugindo como podiam, a fim de livrarem-se da escravidão, os negros embrenhavam-se na mata e construíam o que chamavam de quilombos.Existiam quilombos em vários pontos do país.O mais importante de todos era o Quilombo dos Palmares, que ficava no estado de Alagoas. Este foi o primeiro movimento de libertação da raça africana em solo brasileiro. O seu chefe chamava-se Zumbi.Diz-se que Zumbi era casado com mulher branca, a quem os quilombolas chamavam Dona Maria.Ela era filha de um senhor de escravos, que era o "dono" de Zumbi, mas acabou se apaixonando pelo escravo e fugindo com ele para o quilombo.Essa misteriosa mulher entrou na tradição popular, podendo se verificar curiosa semelhança entre ela e a existência de uma rainha branca no folguedo popular denominado Quilombo, do folclore de Alagoas.

BOITATA

O BOITATÁ
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. Às vFazia bastante tempo que havia anoitecido. As pessoas estavam apavoradas, pensando que o dia não voltaria mais. E como a noite estava durando muito, tudo ficou desorganizado. Não havia mais carne. As colheitas não podiam ser feitas no escuro e ficaram perdidas. Todos estavam cansados da escuridão, daquela noite estranha, onde não brilhavam a lua nem as estrelas, onde não se ouvia um rumor, nem se sentia o cheiro dos pastos e o perfume das flores. Tão grande era a escuridão, que as pessoas tinham medo de se afastar e não encontrar mais o caminho. Ficavam reunidas em volta das pequenas fogueiras, embora as brasas, cobertas de cinza, mal esquentassem... Ninguém tinha coragem sequer para soprá-las, tão desanimados estavam todos. Não muito longe, numa gruta escura, vivia a Boiguaçu - a Cobra Grande - quase sempre a dormir. De tanto viver no escuro, seus olhos tinham crescido e ficado como dois faróis. No início da longa noite, caiu uma chuva tão forte e seguida, que todos os lugares baixos foram inundados. Os bichos atingidos correram, aos bandos, para os lugares mais altos. Só se ouviam berros, pios, gritos. O que salvou as pessoas foram as fogueiras que, então, havia sido acesas. Não fosse isto, não teriam sobrevivido diante daquela multidão de bichos apavorados. A água também invadiu a gruta onde morava a Boiguaçu. Ela custou muito para acordar e quase morreu afogada. Por fim, despertou; percebendo o perigo, deixou o esconderijo e seguiu para onde já estavam os outros bichos. Diante da necessidade, todos acabaram ficando amigos: perdizes, onças, cavalos.... Menos o Boiguaçu. O seu mau gênio não lhe permitia conviver com os outros. Ficou de lado, o mais longe possível. A chuva cessou, mas com a escuridão que fazia, os bichos não conseguiram encontrar o caminho de volta. O tempo foi passando e a fome apertando. Começaram as brigas entre eles. Brigavam às escuras, sem enxergar nada! Somente a Boiguaçu via tudo, com seus olhos de fogo. Acontece que, se os outros animais sentiam fome, a Boiguaçu também andava com o estômago no fundo. Só não havia atacado por causa da grande quantidade de animais. Se a cobra podia ficar muito tempo sem comer, os outros bichos já não podiam mais. Ela percebeu isso e viu que era chegada a hora. Preparou-se, então, para o ataque. O que comeria em primeiro lugar? Um cavalo? Uma onça? Uma perdiz? Eram tantos, que ela nem sabia. Os bichos têm preferencia por determinada coisa. A Boiguaçu gostava especialmente de comer olhos. Como era grande a quantidade de animais que ela podia atacar, naturalmente ia ficar satisfeita comendo apenas os olhos. O animal que se encontrava mais perto era justamente uma enorme onça pintada. A Boiguaçu atacou-a. Fosse em outra ocasião e a onça não teria sido presa tão fácil, não! Porém, enfraquecida pela fome e cega pela escuridão, ela nem reagiu. A Boiguaçu matou a onça e comeu-lhe os olhos. Logo depois, atacou outros animais. Mas só comia os olho. Gostou tanto que não fazia outra coisa. Ou melhor: também dormia. Quando estava satisfeita, recolhia-se num canto e dormia, dormia.... Depois, quando a fome voltava, ela retornava ao seu trabalho de matar os companheiros. Como sua pele era muito fina, ela começou a ficar luminosa, com a luz dos inúmeros olhos engolidos. Os que viram a cobra não reconheceram mais a Boiguaçu e pensaram que fosse uma nova cobra. Deram-lhe, então, o nome de Boitatá, ou seja, cobra de fogo, nome muito apropriado, pois realmente ela era uma grande listra de fogo, um fogo triste, frio, azulado. A partir de então, as pessoas não tiveram mais sossego. Viviam com medo de ser atacadas pelo monstro. Do jeito que ele andava matando os bichos, logo necessitaria atacar as pessoas. Entretanto, tiveram sorte. A preferência do Boitatá foi a sua própria perdição. Só comia olhos e, assim, foi ficando cada vez mais luminoso e mais fraco, também, pois os olhos não sustentavam, embora lhe satisfizessem o apetite. Tão fraco ficou que acabou morrendo, sem conseguir sequer sair do, lugar! O monstro morreu, mas a sua luz esparramou-se pelos brejos e cemitérios e hoje pode tomar a forma de cobra ou de touro. Parece que, por castigo, o Boitatá ficou encarregado de zelar pelas campinas. Logo que ele morreu, o dia surgiu outra vez. Foi uma alegria enorme. As pessoas voltaram a sorrir e as aves, a cantar. Tudo, enfim, voltou a ser como era antes. surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.

Comida dos Orixás




Exu:come de quase tudo, desde que acompanhe uma boa pinga de cana, batida de coco ou meladinha (pinga com mel). Mas seus pratos favoritos são:


Farofa de Azeite-de-Dendê Frite numa frigideira com azeite-de-dendê uma porção de cebola (ralada ou picada, conforme o gosto da cozinheira). Despeje farinha de mandioca torrada. Mexa até ficar bem sequinha. Querendo, também pode fritar junto com a cebola alguns camarões secos.


Farofa de Água Quente Põe-se farinha crua num prato fundo e faz-se uma cavidade no centro, com o dedo. Ali vai-se despejando água bem quente com sal, mexendo sempre até a farofa ficar bem soltinha. (Também se pode juntar um pouco de azeite-de-dendê na água quente.)




Oxalá:filho de Olorum, gosta muito mesmo é de cuscuz feito em cuscuzeira


Cuscuz de Milho Rala-se um coco e tira-se o leite grosso. Deita-se um pouco de água quente no bagaço, torna-se a espremer e obtém-se o leite ralo, que fica separado. Em meio quilo de fubá de milho junte duas colheres de farinha de mandioca e misture o leite ralo, para umedecer a massa. Tempere com sal e açúcar a gosto. Vai tudo para a cuscuzeira, que é envolta com um guardanapo fino, branco e limpo, levando-a à boca de uma panela com água fervente para cozinhar no vapor. Depois de pronto, espalha-se por cima um pouco de leite de coco grosso. Serve-se em talhadas, acompanhando café.


Cuscuzeira é uma tigela de barro com vários orifícios no fundo, por onde penetra o vapor de água para cozer o cuscuz. Na falta de cuscuzeira (ensina Darwin Brandão), faz-se o cuscuz com um prato envolto num pano. Este é levado à boca de uma panela com água fervente, emborcado, de modo que o cuscuz fique exposto ao vapor o tempo necessário para cozer.




Ogum :não faz por menos, é o orixá do vatapá. Mas é muito difícil preparar um que seja do seu agrado:Vatapá de Ogum Verdadeiro Azeite-de-dendê. Dois cocos. Meio quilo de camarão seco. Mais meio de camarão fresco. Meio quilo de garoupa (ou outro peixe de posta). 250 gramas de amendoim torrado. Ou, se preferir, 100 gramas de castanha de caju torrada. Doze pães pequenos dormidos, amolecidos em água. Tire o coco da casca. Lave, rale e, depois de aquecê-lo em banho-maria, esprema num guardanapo o leite puro. Junte ao bagaço dois copos de água quente e esprema novamente. Repita o processo mais uma vez, cuidando de deixar separados os leites. Passe na máquina de carne, com chapa lisa, duas cebolas grandes e dois dentes de alho. Com a chapa de picadinho fino passe o camarão seco. Passe o pão amolecido com a chapa lisa. Cozinhe o peixe e o camarão frescos com pouco tempero, sem tomate. Refogue o amendoim, a cebola, o alho e o camarão seco. Depois junte o pão. E vá então juntando o segundo leite, depois o terceiro, enquanto for preciso, até dar consistência. Também pode juntar um pouco da água onde foram cozidos o peixe e o camarão, se for preciso. Quando estiver tudo quase cozido, junte o leite puro, o peixe em lascas e o camarão fresco. Ao botar o pão, tempere com sal e não pare de mexer, para não embolar. Junte azeite-de-dendê em quantidade suficiente. (A consistência deve ser para comer com garfo.) Sirva com angu de arroz.




Oxóssi: caçador e gentil-homem, o orixá mais querido dos baianos, dificilmente recusa pratos com abóbora ou milho:Abóbora com Camarão Seco Cozinha-se a abóbora com bastante camarão seco batido no pano, cebola, um dente de alho esmagado, coentro e tomate. É em muito pouca água. Quando estiver quase seco, rega-se com toicinho derretido em azeite-de-dendê, mexendo sempre até ficar como uma fritura. Então mistura-se com ovos batidos, até formar massa uniforme.


Canjica de Milho Verde Escolha 25 espigas de milho verde e rale. O milho também pode ser triturado em pedra de mó ou no pilão. Pode até ser passado na máquina de moer, evidentemente depois de debulhado. Para aproveitá-lo bem, despeje uma xícara de água no ralador, a fim de retirar toda a polpa. Retire e reserve o leite puro de dois cocos. Despeje dois copos de água quente no bagaço e esprema, podendo repetir a operação uma ou duas vezes para extrair todo o leite. Misture à massa do milho o leite com água, passando em peneira fina. Junte o sal e açúcar a gosto. Leve ao fogo com um gole de água-de-flor, mexendo até ferver. Aí junte o leite puro e deixe cozinhar mais um pouco. Pode ser servido ralo ou no ponto, mas da segunda forma é melhor. (Conhece-se o ponto pingando a canjica numa vasilha de água fria. Se empastar, está bom; se dissolver, está crua.) A canjica bem-feita é vidrada e treme na faca quando cortada, depois de fria. Serve-se com canela, que só deve ser colocada quando a canjica esfriar.
Quando fica geleado é porque o milho estava verde. Se rachar, não ficar compacto, é que levou muito coco.


Camarão de Oxóssi
Ralam-se dois cocos, junta-se camarão seco à vontade, cebola em rodelas, azeite-de-dendê e sal. Por cima, vão doze ovos batidos com as gemas. Leva-se ao fogo brando, deixando cozinhar na frigideira.




Xangô: senhor dos raios, é louco por um caruru:Caruru
Lave e enxugue os quiabos antes de cortar, para evitar a baba. Ponha em pouca água para cozinhar, temperado com camarões secos descascados e bem moídos, cebola ralada, coentro, pimenta-malagueta em pó, alho e sal. Quando a pasta estiver enxuta, ponha azeite-de-dendê e mexa bem.




Iansã é uma das três mulheres de Xangô. Ela come acarajé. E quer sempre muito. Como o acarajé é servido antes das refeições, como aperitivo, em geral exige outro prato também Acarajé Põe-se o feijão fradinho de molho (“até inchar”). Descasca-se grão por grão, tirando o olho preto e passando depois na máquina, o mais fino possível, para sair pasta. Tempera-se com sal e cebola ralada, batendo bem, para ligar, até brotaram bolhas na massa. Frita-se em azeite-de-dendê bem quente, na frigideira, em formas de bolinhos. Fritos, servem-se com o molho, ambos frios.


Molho de Acarajé Quatro pimentas-malaguetas. Um quarto de xícara de camarão seco moído. Uma cebola pequena picada. Meia colher (de chá) de sal. Duas colheres (de sopa) de azeite-de-dendê. Misture tudo, menos o azeite, passando na máquina. Aqueça o azeite e ponha tudo dentro dele para cozinhar.
Corta-se o acarajé no sentido do comprimento e coloca-se dentro o molho.




Oxum: segunda mulher de Xangô, é uma ninfa que recomenda o xinxim de galinha Limpe a galinha. Parta pelas articulações. Tempere com sal, alho, limão. Faça um refogado com azeite-de-dendê, cebola, alho, camarão seco (meio quilo) e amendoim torrado (100 gramas), depois de tudo passado na máquina. Junte a galinha, refogue bem, vá juntando pouquinha água de cada vez até cozinhar a galinha e formar um belo molho. Serve-se com farofa de azeite-de-dendê.




Obá: terceira mulher de Xangô, é uma comedora de ovos, de todas as maneiras. Receita predileta:Ovos de Obá
Coloque todos os temperos verdes na panela com azeite-de-dendê. Abra os ovos para estrelar, jogando azeite por cima deles com uma colher.






Músicas Folclóricas do Sul

O Ovo – Hermeto Paschoal

Amo-te Muito - João Chaves

Amo-te muito, como as flores amamO frio orvalho que o infinito chora.Amo-te como o sabiá da praiaAma a sangüínea e deslumbrante aurora.Oh! Não te esqueças que te amo assim.Oh! Não te esqueças nunca mais de mim.Amo-te muito como a onda à praiae a praia à onda, que a vem beijar...Amo-te tanto como a branca pérolaAma as entranhas do infinito mar.Amo-te muito, como a brisa aos campose o bardo à lua derramando luz.Amo-te tanto quanto amo o gozoe Cristo amou ardentemente a cruz.

Anjo do Céu – Tradicional

Danças do Nordeste

Duas das mais conhecidas :







Frevo -

Esta dança teve origem nos movimentos da Capoeira. A estilização dos passos foi resultado da perseguição infligida pela Polícia aos capoeiras, que aos poucos sumiram das ruas, dando lugar aos passistas.








Capoeira -


O excelente esporte de ataque e defesa, trazido pelos negros d'Angola e que bem poderia ser a luta típica brasileira, já está entrando em desuso. Raros são os conhecedores dessa luta camuflada em dança por causa das perseguições policiais que recebeu no passado.




Minhocão


Minhocão Serpente gigantesca, fluvial e subterrânea, vivendo no rio São Francisco e varando léguas e léguas, por baixo da terra, indo solapar cidades e desmoronar casas, explicando os fenômenos de desnivelamento pela deslocação do corpanzil. Escava grutas nas barrancas, naufraga as barcas, assombra pescadores e viajantes. É a réplica da boiúna, sem as adaptações transformistas em navio iluminado e embarcação de vela, rivalizando com o barco-fantasma europeu. O minhocão é um soberano bestial, dominando pelo pavor e sem seduções de mãe-d’água ou sereia atlântica. Saint-Hilaire registrou o minhocão em Minas Gerais e Goiás, tentando a possível identificação científica fixou o depoimento dos barqueiros do São Francisco, em fins do séc. XIX: “É um bicho enorme, preto, meio peixe, meio serpente, que sobe e desce este rio em horas, perseguindo as pessoas e as embarcações; basta uma rabanada, para mandar ao fundo uma barca como esta nossa. Às vezes toma a forma de um surubim, de um tamanho que nunca se viu; outras, também se diz, vira num pássaro grande, branco, com um pescoço fino e comprido, que nem uma minhoca; e talvez por isso é que se chama o minhocão.”

comidas típicas do norte

A agreste culinária do norte é elaborada a base de peixes, em especial na forma de caldeiradas. Destacando-se, no estado do Amazonas, o piracuru e o tucunaré, e são acompanhados, preferencialmente, por pirão.
Após a refeição principal refeição principal, que inclui, muitas vezes, carne de tartarugas e frutas típicas vem a sobremesa; sorvetes de açaí, cupuaçu, manga, taperabá, uxl, graviola e murici, oferecidos também na forma de doces.



Contam que há muito tempo atrás, em uma tribo, vivia um jovem índio muito forte e bonito chamado Jaguarari. Adorava remar e pescar e estava sempre contente. Toda a tribo gostava muito dele. Certo dia, Jaguarari saiu bem cedo para pescar. O dia estava maravilhoso, com muitos pássaros cantando e por isso resolveu passar o dia na floresta . Encontrou um lago muito bonito que ainda não conhecia , e resolveu nadar. Quando estava começando a escurecer, achou melhor retornar para a aldeia. Já ia se afastando do lago, quando ouviu um canto maravilhoso. Então, resolveu voltar para ver quem estava cantando aquela doce melodia... Iara é uma dos mitos mais conhecidos e também dos mais confundidos da região amazônica, o que naturalmente inclui o Pará. Geralmente as pessoas acham que a Iara é uma mulher loura, de olhos azuis e a parte inferior do corpo em forma de peixe. Esta descrição na verdade é da sereia européia e não da Iara amazônica. A Iara, além de ser confundida com a sereia européia, o é também com a Iemanjá africana e na verdade nada tem a ver nem com uma nem com outra. Na verdade, a Iara é uma linda mulher morena, de cabelos negros e olhos castanhos. De beleza ímpar, os que a vêem nua a banhar-se nos rios não conseguem dominar seus desejos e atiram-se nas águas e nem sempre voltam ao mundo dos vivos. Os que o fazem, voltam assombrados, falando em castelos, séquitos e cortes de encantados, e é preciso muita reza e pajelança - e de um pajé com muita força - para tirá-lo do estado de torpor. Alguns a descrevem como tendo uma cintilante estrela na testa, que funciona como chamariz para atrair o olhar e assim ser facilmente hipnotizado. Dizem os índios , que é tão linda que ninguém resiste ao seu encanto e costuma arrastar as pessoas com seu canto mágico para o fundo das águas. Os índios tem tanto medo da Iara, que ao entardecer evitam ficar perto dos lagos e rios.
Paula S. Gil 8 ano

Danças Folclóricas do Sul

Chula

Dança folclórica do Rio Grande do Sul, executada por homens e cuja coreografia, com muitas sapateadas, exige grande habilidade do dançarino. É acompanhada de palmas, violão, cavaquinho, pandeiros e castanholas.

A chula tradicional era dançada da seguinte forma: Dois dançarinos ficavam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Cada um dos oponentes executava uma seqüência de difíceis passos coreográficos indo até a extremidade oposta da lança e retornando ao seu lugar de origem.

TATU

O Tatu é um fandango cantado, de origem gaúcha. Conta a história de um tatu tímido e desdentado perseguido pelos cães, na revolução dos Farrapos, levando ofícios para o general David Cana barro. Assim o tatu aparece como figura principal na narrativa, a exemplo do jaboti que aparece sempre como herói na roda dos bichos. É o herói grotesco, incorpora-se ao patrimônio folclórico, nesta encantadora narrativa popular, decantada por vários autores. É mais dançada no Rio Grande do Sul.
Indumentária: típica gaúcha
Coreografia: o tatu é de coreografia singela. É dançado por homens e mulheres, aos pares. É uma dança sapateada. Os homens dançam com as esporas que servem para marcar o ritmo e o compasso, como instrumento complementar. As mulheres dançam ligeira e agilmente, em harmonia, com os passos elegantes e imponentes dos cavalheiros.

GATO

O gato é uma dança de origem indígena, mais usada no Sul do Pais. É uma história totêmica, na qual o gato representa o homem, e a perdiz - a mulher.
Coreografia: o gato (homem) corteja galantemente a perdiz (mulher), insinuante, com demonstrações carinhosas, sapateando. A perdiz esquiva-se, suspeitando das intenções do conquistador.
Origem: Indígena.